domingo, 15 de novembro de 2009

4º Capítulo

-NÃOOOOO!!!!!!
De um salto, Pedro levantou-se e afastou-se de Julieta o mais rápido que conseguiu.
-Narrador, vou-te pedir educadamente pela última vez... DÁ-ME A PUTA DE UMA VIDA DECENTE! - gritou Pedro desesperado.
-Pensas que eu sou a segurança social? Enfim...

*momento de magia*

Nasce um novo dia. A luz do sol rompe por entre as cortinas do quarto, iluminando a face de um rapaz que dormia calmamente.
Ele acorda. Levanta-se, dirige-se ao quarto de banho, e prepara-se para um duche rápido.
De seguida abre o roupeiro. De uma ponta à outra, só se viam fatos e camisas, ordenados por cores e tons e perfeitamente engomados.
Pedro é um empresário de sucesso, com uma qualidade de vida invejável. Vive numa casa avaliada em 900mil euros, com um jardim do tamanho de um campo de futebol. É um abuso do caralho.
Desceu as escadas, e passou pela cozinha, para tomar café.
-Bom dia D.ª Marta.
Dª Marta é a sua empregada. Tinha 60 anos, mas cozinha como ninguém.
-Bom dia menino, café?
-Sim, obrigado. Vou andando, até logo.
-Adeus menino.
Esta era uma das partes favoritas do seu dia. Andar pelas ruas da cidade no inicio fresco de um novo dia, era para ele um fascínio. As pequenas lojas a abrir, as pessoas a cumprimentarem-se e a pararem para pôr a conversa em dia.
De repente foi contra alguém.
Nesse momento, o tempo parou. Pedro estava a viver aquilo de que chamamos de "amor à primeira vista". Ficaram os dois a olhar um para o outro, a sorrir, sem dizer uma palavra, até que decidiram seguir caminho. Passo a passo, foram ficando cada vez mais longes, ambos a olhar para trás à medida que avançavam.
No dia seguinte, na mesma rua, à mesma hora, lá estava ela. Desta vez Pedro foi falar com ela.
-Olá. Peço desculpa por aquilo de ontem, espero que não a tenha magoado.
Ela sorriu.
-Não, de maneira nenhuma. Então, está a ir para o trabalho? - perguntou ela.
-Sim, sou empresário, trabalho na 10º Avenida.
-Coincidência, trabalho na mesma rua.
-Posso fazer-lhe companhia até lá então?
-Teria todo o gosto.

E assim começou o que mais tarde viria a ser uma grande história de amor.

sábado, 31 de outubro de 2009

3º Capítulo

Pedro entrou em pânico. Mas reparou que desta vez algo estava diferente.
-Diz qualquer coisa… Nome? – disse Pedro.
A gaja levou a sua mão ao ombro e num passe de super-herói mudou as suas roupas para uniforme de cheerleader. Nas suas mãos encontravam-se o gato e o cão de Pedro.
Sem perceber nada do que se estava a passar, Pedro observou relutante.
-Desculpa, os pom-pons eram à parte do uniforme, ficava muito caro.
-Ah ok, tudo bem.
Dito isto, a rapariga iniciou a sua exibição, dançando como uma vaca louca e gritando:
-Eu, chamo-me Julieta, a puta da punheta, deste cabaret, alé alé alé!
Pedro lembrou-se do que se estava a passar de diferente. A voz já não era de homem. Era uma voz doce e carinhosa. Um sorriso de orelha a orelha apareceu na sua cara de pervertido.
A rapariga largou os animais e correu para os braços de Pedro.
Dois passos para trás e caíram os dois na cama. A temperatura começou a subir, Pedro foi explorando lentamente o corpo de Julieta, a puta da punheta.
-Oh... Mais… – gemeu Julieta, a puta da punheta.
Beijando o seu pescoço, passou as mãos sobre os seus seios, descendo até chegar ás ancas.
Desviou a cueca…
-Que se passa? Porque paraste Pedrocas?
Ela olhou para ele. A sua face estava pálida como se de uma folha de papel se tratasse.
Pedro estava paralisado. Julieta mostrou-lhe um sorriso maquiavélico, agarrou na sua mão, e fez com que ele percebesse bem o porquê de ela ser conhecida como a puta da punheta.

domingo, 20 de setembro de 2009

2º Capítulo

Foi tamanha a surpresa desagradável que deixou Pedro em choque.
Os seus pés queriam sair dali, mas não se mexiam. Achando isto muito estranho, Pedro olhou para baixo. Os pés já iam ao fundo da rua. Pedro caiu, e rastejando pela sua vida, ou pelo menos pela sua virgindade anal, tentou desesperadamente alcançar os seus pés.
Cada metro que rastejava parecia uma eternidade. Estava condenado. Nunca conseguiria escapar daquela situação, era este o seu destino. E ninguém o podia ajudar. De súbito, Pedro lembrou-se de algo. Era a sua última esperança. Apoiando-se num poste para se conseguir levantar, olhou para cima e rezou.
-Fodasse ò narrador, tu que fazes a história não me podes ajudar?
E atenciosamente, eu, Deus Pai todo gostoso, ajudei tal alma perdida.
* Momento de magia *

NOTA: FFFFUUUUUUU- é um meme da internet. Aqui fica um exemplo.



Era mais um dia na vida perfeita de Pedro. Ao acordar, deu por si num sítio completamente diferente do seu quarto, onde se lembra estar antes de adormecer.
No entanto, não parecia ser mau. Tinha uma cama grande, lençóis de seda, uma vista para o mar, e na parede estava suspenso um plasma maior que o seu habitual sofá.
-Isto sim parece-me uma vida perfeita.
Ao levantar-se esperou sentir algo duro que ladrasse ao ser pontapeado.
Em vez disso sentiu algo fofo e quente. Um, dois, três passos ao lado e a textura não mudava. Um tapete confortável, pensou.
Rapidamente percebeu que houve ali merda. Mas não foi ele. Foi o cão. E espalhou-a pelo quarto todo.
-Mas que merda é esta?!
Do canto do quarto veio uma voz misteriosa que disse baixinho:
-É minha.
Pedro reconheceu aquela voz, mas não queria acreditar que era possível aquilo estar mesmo a acontecer. Por isso, antes de se virar para ver quem era, perguntou:
-Marco Horácio?
-Não estúpido, sou a mulher que conheceste no primeiro capítulo.
-Fodasse! Como é que me encontraste?
- Google.
-FFFFFUUUUUUUUUUUUUUUU-!!!!ONE!1!!!1!ELEVEN!11ONE!

sábado, 19 de setembro de 2009

1º Capitulo

Era apenas mais um dia na vida perfeita de Pedro. Pelas oito horas o som do despertador rompeu o silêncio do seu sono e acordou-o. Estava na hora de se preparar para mais um dia de trabalho. Pedro sentou-se na cama, espreguiçou-se e ao levantar-se, tropeçou no estúpido do cão que estava a dormir no chão, acordando-o também.
-Filha da puta do cão, não sabe ir dormir para debaixo da cona da mãe?
Depois de carinhosamente acordar o seu melhor amigo, dirigiu-se para a casa de banho para tomar um duche rápido.
Acontece que chegou tarde, e teve de ficar à porta à espera, pois estava o gato a usar o chuveiro. Bateu então à porta. Não obtendo qualquer resposta, decidiu entrar, porque como todos sabem, os gatos não têm polegares, logo não conseguem rodar as maçanetas da porta.
-Miau filho da puta, miaaau!- disse o gato enfurecido por o verem nu.
Pedro pegou no gato pelo rabo e atirou-o pela janela, porque não havia secador. O apartamento fica no 11º andar, por isso o efeito deve ser parecido.
Já vestido, passou pela cozinha para tomar o pequeno-almoço que o seu empregado havia preparado.
-Bom dia Frota.
-Oi gostosão. Torrada ou mamada. Escolha.
-Torrada. Vou andando para o trabalho. Até amanhã.
Pedro não gostava de conduzir, por isso todas as manhãs ia a pé para o emprego. Por vezes, nos dias em que saía de casa mais cedo, via abrir as lojas das ruas uma por uma. Mas hoje não era um desses dias. Aliás, o tempo começava a apertar, mas com toda aquela multidão a andar de um lado para o outro, tornava-se difícil andar mais depressa.
Eram agora nove horas. O telefone de Pedro toca.
-Estou?
-Estou Pedro? É o Paulo. Desculpa ligar-te tão cedo, mas é urgente. É sobre os Americanos.
-Ah sim, o que se passa?
-Eles são gordos.
- OMFG!!!!!!!ONE!11!!!1!ELEVEN!11ONE!
Impulsionado pelo choque da notícia Pedro acabara de chocar contra alguém. Levantou a cabeça para pedir desculpas. Nesse momento, o tempo parou. Tudo à sua volta deixou de ter significado. À sua frente estava a mulher mais bonita que ele alguma vez vira em toda a sua vida. Os seus olhos, o seu cabelo, o seu sorriso, as suas curvas…
A mente retardada de Pedro levou os seus olhos a quererem ver mais. Então, num acto não pensado, Pedro levantou a sua saia. Agarrada a sua mão veio um monte de pintelhos.
-Fodasse o badalhoca, tu não te rapas?
Ficou a olhar para os seus lábios à espera de ouvir uma palavra que fosse.
-Oh, perdão, que desastrada que sou.
Pedro voltou ao mundo real no exacto momento em que ouviu uma voz de homem.