domingo, 20 de setembro de 2009

2º Capítulo

Foi tamanha a surpresa desagradável que deixou Pedro em choque.
Os seus pés queriam sair dali, mas não se mexiam. Achando isto muito estranho, Pedro olhou para baixo. Os pés já iam ao fundo da rua. Pedro caiu, e rastejando pela sua vida, ou pelo menos pela sua virgindade anal, tentou desesperadamente alcançar os seus pés.
Cada metro que rastejava parecia uma eternidade. Estava condenado. Nunca conseguiria escapar daquela situação, era este o seu destino. E ninguém o podia ajudar. De súbito, Pedro lembrou-se de algo. Era a sua última esperança. Apoiando-se num poste para se conseguir levantar, olhou para cima e rezou.
-Fodasse ò narrador, tu que fazes a história não me podes ajudar?
E atenciosamente, eu, Deus Pai todo gostoso, ajudei tal alma perdida.
* Momento de magia *

NOTA: FFFFUUUUUUU- é um meme da internet. Aqui fica um exemplo.



Era mais um dia na vida perfeita de Pedro. Ao acordar, deu por si num sítio completamente diferente do seu quarto, onde se lembra estar antes de adormecer.
No entanto, não parecia ser mau. Tinha uma cama grande, lençóis de seda, uma vista para o mar, e na parede estava suspenso um plasma maior que o seu habitual sofá.
-Isto sim parece-me uma vida perfeita.
Ao levantar-se esperou sentir algo duro que ladrasse ao ser pontapeado.
Em vez disso sentiu algo fofo e quente. Um, dois, três passos ao lado e a textura não mudava. Um tapete confortável, pensou.
Rapidamente percebeu que houve ali merda. Mas não foi ele. Foi o cão. E espalhou-a pelo quarto todo.
-Mas que merda é esta?!
Do canto do quarto veio uma voz misteriosa que disse baixinho:
-É minha.
Pedro reconheceu aquela voz, mas não queria acreditar que era possível aquilo estar mesmo a acontecer. Por isso, antes de se virar para ver quem era, perguntou:
-Marco Horácio?
-Não estúpido, sou a mulher que conheceste no primeiro capítulo.
-Fodasse! Como é que me encontraste?
- Google.
-FFFFFUUUUUUUUUUUUUUUU-!!!!ONE!1!!!1!ELEVEN!11ONE!

sábado, 19 de setembro de 2009

1º Capitulo

Era apenas mais um dia na vida perfeita de Pedro. Pelas oito horas o som do despertador rompeu o silêncio do seu sono e acordou-o. Estava na hora de se preparar para mais um dia de trabalho. Pedro sentou-se na cama, espreguiçou-se e ao levantar-se, tropeçou no estúpido do cão que estava a dormir no chão, acordando-o também.
-Filha da puta do cão, não sabe ir dormir para debaixo da cona da mãe?
Depois de carinhosamente acordar o seu melhor amigo, dirigiu-se para a casa de banho para tomar um duche rápido.
Acontece que chegou tarde, e teve de ficar à porta à espera, pois estava o gato a usar o chuveiro. Bateu então à porta. Não obtendo qualquer resposta, decidiu entrar, porque como todos sabem, os gatos não têm polegares, logo não conseguem rodar as maçanetas da porta.
-Miau filho da puta, miaaau!- disse o gato enfurecido por o verem nu.
Pedro pegou no gato pelo rabo e atirou-o pela janela, porque não havia secador. O apartamento fica no 11º andar, por isso o efeito deve ser parecido.
Já vestido, passou pela cozinha para tomar o pequeno-almoço que o seu empregado havia preparado.
-Bom dia Frota.
-Oi gostosão. Torrada ou mamada. Escolha.
-Torrada. Vou andando para o trabalho. Até amanhã.
Pedro não gostava de conduzir, por isso todas as manhãs ia a pé para o emprego. Por vezes, nos dias em que saía de casa mais cedo, via abrir as lojas das ruas uma por uma. Mas hoje não era um desses dias. Aliás, o tempo começava a apertar, mas com toda aquela multidão a andar de um lado para o outro, tornava-se difícil andar mais depressa.
Eram agora nove horas. O telefone de Pedro toca.
-Estou?
-Estou Pedro? É o Paulo. Desculpa ligar-te tão cedo, mas é urgente. É sobre os Americanos.
-Ah sim, o que se passa?
-Eles são gordos.
- OMFG!!!!!!!ONE!11!!!1!ELEVEN!11ONE!
Impulsionado pelo choque da notícia Pedro acabara de chocar contra alguém. Levantou a cabeça para pedir desculpas. Nesse momento, o tempo parou. Tudo à sua volta deixou de ter significado. À sua frente estava a mulher mais bonita que ele alguma vez vira em toda a sua vida. Os seus olhos, o seu cabelo, o seu sorriso, as suas curvas…
A mente retardada de Pedro levou os seus olhos a quererem ver mais. Então, num acto não pensado, Pedro levantou a sua saia. Agarrada a sua mão veio um monte de pintelhos.
-Fodasse o badalhoca, tu não te rapas?
Ficou a olhar para os seus lábios à espera de ouvir uma palavra que fosse.
-Oh, perdão, que desastrada que sou.
Pedro voltou ao mundo real no exacto momento em que ouviu uma voz de homem.